Lama ,pó e muito atraso é o que marca urbanização do Capelinha

O projeto de urbanização do núcleo Capelinha, em São Bernardo , na região do Estoril , tem grande atraso no andamento das obras iniciadas em 2013 . Diversas famílias foram retiradas das moradias classificadas como área de risco, o que preocupa os moradores é a demora na construção das moradias prometidas por Marinho que declarou que no prazo de 24 meses tudo seria entregue à população, mas não é o aconteceu . Apenas 12 moradias foram entregues , e o restante da população segue pagando aluguel , a prefeitura fornece o auxílio-aluguel no valor de R$ 315 .

"Eles prometeram a construção das casas , mas até agora nada ! Eu pago R$ 500 de aluguel , se eu não trabalhasse como eu iria pagar o restante ? Eu não acredito que as casas saiam este ano " desabafou Adelaide Regina Borges , de 37 anos.

Além do trastorno de pagar aluguel os moradores sofrem com a lama e pó que se acumulam por toda parte.

Não há centro médico , escolas nem creches nos núcleos Capelinha e Cocaia , a população precisa se locomover a outras regiões para conseguir utilizar estes serviços.A região é bem carente e necessita muito de melhorias nos serviços básicos.

BRIGA NA JUSTIÇA

Alguns moradores brigam na justiça para terem o direto de receber moradias , o problema aconteceu devido a forma que foi feito o cadastramento das famílias , pois em alguns terenos moravam até 5 famílias diferentes. " Meu filho esta aí brigando para conseguir sua casa , porque só eu fui cadastrada para receber , ele não , mas a casa dele era no mesmo lugar da minha, " - falou Célia José dos Santos, de 52 anos

INVESTIMENTO

O projeto, recebe investimento do governo federal, previa a construção de 194 moradias até o fim do ano passado,porém ,somente 12 foram entregues.Com o orçamento de R$ 52,7 milhões, sendo R$ 32,3 milhões com recursos da União e R$ 20,4 milhões da da Prefeitura de São Bernardo, a intervenção anunciada pelo prefeito Luiz Marinho (PT) visava diversos investimentos para os bairros do Capelinha e Cocaia, localizados próximo à Represa Billings.A esperança inicial era garantir moradia digna e eliminação de condições de risco à vida para as 931 famílias residentes e cadastradas nos assentamentos precários dos bairros. No projeto inicial estavam inclusas a implantação de ações de regularização fundiária, além de melhorias em serviços básicos, tais como instalação de redes de água e esgoto, pavimentação de vias, drenagem e estruturas de contenção.

PREFEITURA TRANSFERE CULPA DO ATRASO PARA MORADORES

Segundo a Prefeitura, as obras de urbanização dos núcleos Capelinha e Cocaia estão em andamento. Na área do Cocaia, a administração municipal informa que todas as obras de infraestrutura urbana foram concluídas. Foram produzidas e entregues 52 unidades habitacionais, atendendo seis famílias do Cocaia e 46 do Capelinha.

No caso do núcleo Capelinha, a Prefeitura diz que em função de alterações nos projetos solicitadas pela própria comunidade, em 2014, foi necessário rever o projeto urbanístico e de obras, o que interferiu no cronograma inicial. Moradores relatam não ter conhecimento dessa alteração.

Em decorrência das mudanças, a administração somente conseguiu consolidar a urbanização e regularização fundiária de 608 moradias e entregar 12 imóveis, além de serviços de água e esgoto.

A Prefeitura relata ter seis áreas destinadas à produção de unidades habitacionais, sendo que em quatro delas as fundações foram executadas. Não foram informados prazos.

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