Diagnóstico tardio deixa menina há um mês na UTI
- SBC EM FOCO
- 30 de jan. de 2017
- 2 min de leitura
Jovem esperou por 6 horas para realizar uma ultrassonografia que confirmaria uma apendicite aguda.

Isabella Cordeiro de 13 anos, moradora do bairro Jardim Silvina, em São Bernardo do Campo, segue na UTI do Hospital Municipal Anchieta por complicações de uma apendicite, que a princípio foi diagnosticada como infecção urinária. Internada há mais de um mês, a adolescente, segue sem previsão de alta, com muitas dores e com alto risco de novas contaminações nos órgãos. Isabella já passou por 5 cirurgias e teve 5 hemorragias.
A mãe de Isabella ,Creonice Silva Oliveira, conversou com nossa equipe e relatou todo o descaso que a filha sofreu na UPA Silvina/Ferrazópolis. Ela acredita que a filha sofreu negligência médica "Eu não desejo para ninguém o que minha filha está passando", lamentou a mãe da adolescente.
A direção da UPA Silvina/Ferrazópolis não comentou o caso, afirmando que o responsável pela unidade estava em reunião externa. A Prefeitura de São Bernardo está apurando o caso, pois o ocorrido foi na antiga gestão de Luiz Marinho (PT).
Entenda o Caso: A adolescente deu entrada na UPA Silvina/Ferrazópolis, na véspera de Natal (24/12) com fortes dores abdominais e vômito. A mãe de Isabella conta que os sintomas foram interpretados pelos médicos como uma infecção urinária, e que após ser medicada para controlar as dores, Isabella foi liberada pela Unidade de Pronto Atendimento. Na mesma noite do dia 24, a garota voltou com os mesmos sintomas à UPA Silvina/Ferrazópolis. Na consulta foram solicitados exames para confirmar a suspeita de infecção de urina. Dia 25/12, a jovem retornou ainda com dores para buscar os resultados dos exames, que foi negativo para infecção urinária, mas uma infecção constatada no hemograma fez a adolescente permanecer em observação até o dia seguinte.
Com alta hospitalar no dia 26/12, a mãe de Isabella conta que a filha teve alta médica com prescrições de um tratamento para combater a infecção urinária. Ainda com intensas dores no abdômen, Isabella retornaria mais tarde para o P.S. Central, onde o primeiro diagnóstico (infecção de urina) teria sido confirmado pela equipe médica, nenhum exame clínico foi pedido e Isabella mais uma vez foi liberada.
Na manhã do dia seguinte (27/12), por volta das 10h a situação se agravou e a menina novamente precisou de atendimento médico no Pronto Socorro Central. A mãe de Isabella relata que os sintomas eram os mesmos, vômitos e muita dor abdominal, e que a médica que a atendeu de imediato suspeitou de apendicite. Foi solicitado o exame de ultrassonografia para finalmente fechar o diagnóstico de Isabella, mas devido à falta de profissionais a adolescente e teve que esperar até as 17h para realizar o exame que a diagnosticaria como apendicite aguda. O médico que realizou o exame, disse a responsável de Isabella que o estado da menina era gravíssimo e que ela precisaria ser encaminhada para o Hospital Anchieta. A jovem entrou no centro cirúrgico as 22h para realizar um procedimento que levou em torno 1h30 min. A junta médica comunicou aos pais, que o estado da filha era crítico pois o diagnóstico foi tardio e gerou uma infecção generalizada.
Da redação,
Natália Nascimento e Carolina Martinez
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